Luiza foi até o hospital. Assim que chegou à porta do quarto de seu pai, viu Miguel e Yago lá dentro, cercados por um grupo de médicos de jaleco branco. Eram todos estrangeiros, entre eles estava o especialista Thomas e sua equipe. Ao se lembrar de que o especialista Thomas era professor de Alice, Luiza sentiu o coração apertar e imediatamente abriu a porta do quarto. — Pai! — Ela chamou. Bryan, sentado na cama, virou a cabeça e, ao vê-la, sorriu de leve. As outras pessoas também voltaram o olhar para ela. Dentre elas, o olhar de Miguel era o mais atento. Aquele clima... Luiza não sabia como descrever. Nesse momento, Miguel e Yago se aproximaram, e Miguel disse suavemente: — O especialista Thomas e o Yago vieram para examinar o seu pai. Ao ouvir isso, Yago piscou e acrescentou: — Cheguei agora, e o Miguel já me arrastou para o hospital. A viagem foi longa, estou exausto. — Enquanto falava, ele ainda soltou um bocejo. Luiza, ouvindo isso, achou que não seria
Bryan assentiu com a cabeça. Na verdade, todos esses anos, ele sempre teve um pouco de consciência. Luiza vinha visitá-lo e conversava muito com ele; ele podia ouvir tudo. Ele sabia que Luiza havia encontrado a avó e teve um bebê adorável, Felipinho. Ele também sempre se lembrava de Miguel. Miguel costumava visitar Bryan com o especialista Thomas e Yago. Os três ficavam no quarto, discutindo seu estado de saúde. Ele se lembrava de que Miguel pediu ao especialista Thomas que, de qualquer forma, tentasse acordá-lo. Ele também ouviu quando Yago perguntou ao Miguel: "Miguel, gastar tanto dinheiro para desenvolver medicamentos apenas para salvar uma pessoa, vale a pena?" Miguel respondeu calmamente: "Se isso puder apagar a sombra no coração da Luiza, estou disposto a fazer qualquer coisa."Por isso, quando Bryan acordou e viu Miguel, seus sentimentos ficaram bem confusos... O especialista Thomas realizou uma consulta em Bryan e depois foi falar com o médico atual de Bryan par
Depois de dizer essas palavras, Bryan olhou para Luiza e disse: — As coisas são assim. Luiza, ao ouvir, ficou com o coração inquieto por um longo tempo. — Eu já sabia, desde o início, que ela não tinha boas intenções. Embora não tivesse atacado diretamente seu pai, cada palavra dela era um golpe. Sabendo que Bryan tinha sofrido uma lesão cerebral e não conseguia se lembrar do passado, ela o provocava constantemente, afetando tanto sua mente quanto seu coração, até que ele caiu da escada. No entanto, agora ela entendia que Nanda não prejudicou seu pai por causa de Miguel, mas sim por causa do próprio pai dela. Igor matou Zeca, e para manter essa verdade escondida para sempre, Nanda queria eliminar Bryan. Ela temia que Bryan se lembrasse do que aconteceu anos atrás, e apenas com a morte dele as evidências do crime de seu pai desapareceriam para sempre. Ao pensar em tudo isso, o coração de Luiza parecia imerso em água gelada, frio e pesado. Tudo começou por causa do projet
Parecendo saber o que ela ia dizer, Miguel respondeu: — Seu pai estar assim tem parte da minha responsabilidade. Antes, nossa família também teve um mal-entendido com a família Medeiros, então eu vou me encarregar de cuidar da recuperação do seu pai. Vocês não precisam se preocupar com os custos. Luiza assentiu, concordando com a proposta. A família Medeiros passou por tantas dificuldades por causa de Zeca, e Bryan sempre foi inocente. Eles sofreram tantas desgraças por causa da ganância e das armadilhas dos outros. Luiza não se opôs e, depois de ouvir a promessa de Miguel, foi embora. — Você não quer ouvir sobre o próximo plano de tratamento do seu pai? — Miguel perguntou. Luiza parou novamente, seus olhos tranquilos fixando nele. — Pode falar. — Já é meio-dia. Que tal almoçarmos enquanto conversamos? — Miguel olhou para o relógio e sugeriu. — Não, eu... — Luiza estava prestes a recusar, mas então seu estômago roncou alto. Ela ficou um pouco constrangida. Migue
Miguel a ignorou.Luiza continuou reclamando: — Miguel, você entende o que é romantismo? Trata sua própria esposa com esse desdém?— Você não tem mãos? — Miguel tomou um gole de café, falando com indiferença.Luiza resmungou:— Claro que eu tenho mãos, mas você está bem aqui, né? Estou te dando uma chance, Miguel. Quando uma mulher te dá uma oportunidade, você precisa agarrá-la. Se não, o coração dela esfria, e aí você não vai mais conseguir conquistá-la.Miguel olhou para ela com desinteresse; seu olhar pousou no canto da boca dela, mas, no fim, ele não a ajudou a limpar.Luiza fez uma expressão decepcionada e disse:— Você realmente não entende nada de charme....Pensando nisso, o sorriso nos lábios de Miguel ficou mais evidente. Ele levantou os olhos para ela e disse:— Naquela vez, eu não limpei e você disse que eu era insensível. Hoje, eu ajudo a limpar e você diz que fui atrevido?O olhar significativo dele fez o rosto de Luiza ficar ainda mais quente.Ela também se lembrou de
A situação de Bryan era algo que Miguel precisava resolver; Luiza não sentia qualquer constrangimento, pois considerava que isso era uma compensação que ele devia à família dela.Com isso resolvido, não havia mais nada para dizer entre eles.Miguel quis perguntar sobre Francisco, mas Luiza pegou uma bebida, fingindo tomar um gole enquanto olhava para o celular, mantendo a cabeça baixa para evitar conversar com ele.Tudo o que ele dizia era a mesma coisa de sempre, sem graça. Ela não queria se envolver mais com ele e, por isso, também não estava interessada em ouvir.O tempo passava, segundo a segundo.O telefone de Luiza tocou novamente.Ela estava distraída antes, aparentando ler notícias, mas, na verdade, sem absorver uma única palavra.Quando o telefone tocou, ela se recompôs, atendeu e respondeu com um tom de voz calmo:— Alô.— Estou na entrada, venha para fora. — Francisco já havia chegado.— Certo.Luiza respondeu, encerrou a ligação e colocou o celular de volta na bolsa, já se
Conversando, o carro entrou na mansão da família Amorim.No vasto gramado verde, havia um carro desconhecido estacionado. Priscila estava parada sob a luz do sol, sorrindo para a pessoa dentro do carro.— Elias, você veio.O homem dentro do carro acenou com a cabeça.Em seguida, a porta do carro se abriu, e desceu um homem de feições refinadas, vestindo um terno casual, com um ar gentil e educado.— Por que você não me avisou? Se tivesse me avisado, com certeza eu teria ido ao aeroporto te buscar. — Priscila olhou para ele, com um brilho alegre nos olhos.Luiza raramente via Priscila tão bem-humorada.Já Francisco exibia um sorriso sarcástico evidente.Então era um rival amoroso.Luiza finalmente entendeu.— Hoje é o aniversário da Maria, vim especialmente para isso, queria fazer uma surpresa para ela. — Elias tirou um presente de dentro do carro. — Isso é para a Maria.— Não me entregue, daqui a pouco você mesmo pode dar a ela. Tenho certeza de que vai ficar muito feliz. — Priscila re
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para