Miguel não respondeu, se limitou a dizer:- Você ficará bem como a Sra. Souza, ninguém a incomodará.Luiza sorriu:- Mas eu não estou interessada.Miguel franziu a testa, olhando ela.Permaneceram em silêncio, se encarando na escuridão.O olhar de Miguel era profundo.Luiza, sempre sentindo que havia algo dele dentro dela, não resistiu e perguntou:- Posso fazer a ela uma pergunta, senhor?- O que é?- Se eu lhe desse uma chance, você estaria disposto a terminar tudo com a Clara? - Era seu último pedido.Miguel a olhou, silencioso por um instante:- Não posso.Luiza sorriu, com um olhar de autoironia,- Então, é isso. O tipo de vida que vou levar daqui para frente não necessita da sua interferência.Mesmo que não conseguisse se divorciar, ela não o amaria mais.Talvez ele sentisse um pouco de pena dela, mas, provavelmente, não era amor, era hábito, um objeto para satisfazer seus desejos sexuais, afinal, ela era bonita e obediente, quem não se arrependeria?- Quanto ao divórcio, como já
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