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Grávida de um mafioso Capítulo 117
Antigamente, eu não poderia viver sem mandar uma mensagem ou receber uma ligação da Carolina, não importava se era para fofocar sobre o trabalho ou falar sobre coisas banais, ela sempre ligava. Nunca ficamos brigadas por tanto tempo assim, deveria ser porque eu sempre cedo e sempre deixo passar.Mas também não dava para culpar ela, Carolina tinha esse jeito mesmo e acho que ela nunca vai mudar. Ela coloca os problemas dela acima dos problemas dos outros sem perceber, ela é arrogante e egocêntrica na maioria das vezes sem se dar conta e quando alguém joga isso na sua cara ela fica brava.Afinal de contas as pessoas não gostam quando a dura verdade é dita sem filtros.Em todos os momentos da minha vida desde que conheci Carolina, sempre coloquei seus problemas acima dos meus por achar que são mais importantes.Naquela noite quando ela chegou fugida da Itália, quando ela bateu na minha porta eu pude comprovar que eu era o seu porto seguro, alguém que ela confiava e isso me fez me sentir
Grávida de um mafioso Capítulo 118
- Você é algum vidente ou feiticeiro? - ela me pergunta enquanto andamos de braços dados pela rua.Apesar de não ser muito afetivo, ela precisava de um ombro amigo, não era sempre que você presencia uma tentativa de assassinato contra sua melhor amiga.- Não sou nenhum vidente e muito menos feiticeiro. Por que está me perguntando isso? - Mariana evita me olhar enquanto conversamos, ela deveria ser muito tímida ou não estava acostumada a falar sobre si mesma.E isso me admira vindo dela, que se arriscou para proteger e encobrir Carolina.- É que antes ninguém tinha me dito o que você me disse - ela parecia envergonhada, acanhada e chego até em dizer com receio, como se pisasse em ovos ao falar sobre ela mesma. E isso me chamou mais atenção.- E o que eu disse? - ela finalmente me olha e sorri um pouco mais distraída agora. Tenho que dizer que o seu sorriso é lindo, mas também não é a única coisa bela nela.Controle-se Matteo, você não vai levar a amiga da mulher por quem você está supo
Grávida de um mafioso Capítulo 119
Meu primeiro ato pensando em mim. O corpo tonificado de Matteo estava por cima do meu, quente e sem fôlego.Não pensei em nada, nem em consequências que o meu ato poderia trazer e nem nas intenções dele, apenas pensei em mim em primeiro lugar e gostei.Ele beija lentamente a minha pele, subindo pelo meio entre meus seios até chegar na minha boca. Seus lábios se fundem aos meus, o beijo desleixado porém provocante me tira o fôlego. Num ato arriscado eu troco de posição ficando por cima dele, Matteo sorri e me deixa conduzir. Eu apenas me encaixo e me movimento, subindo e descendo mesmo sem força meu corpo agi por si só. Consigo senti-lo mais e mais fundo em mim, me proporcionando a liberdade e o prazer que nunca havia sentido antes, ou que talvez eu nunca me permitir sentir. Me entregar dessa forma, me dar tal liberdade deveria ser um perigo que não deveria passar, mas eu me permiti. E o culpado disso estava bem embaixo de mim.Matteo me puxa para me deitar em cima dele, suas mãos se
Grávida de um mafioso Capítulo 120
Ando pelo corredor dos quartos e não vejo nem sinal de Luigi. Agradeço por essa casa ser grande o suficiente para eu não ter que trombar com ele em algum cômodo. Hoje estava fazendo um mês que eu não falava com ele.Esse tempo todo estive o evitando, fazendo minhas refeições no quarto e apenas saindo quando fosse dia de tirar foto da barriga. Naqueles dias eu simplesmente seguia o rumo da sessão e não trocava nem olhares e muito menos palavras com ele. Ainda não consigo acreditar na traição de Luigi, sempre pensei que ele fosse diferente dos outros crápulas, sempre acreditei que ele fosse um achado no meio daquela raça triste que era os homens. Mas pelo visto, eu estava enganada, fui chifrada antes mesmo de me casar.E eu pensando que era o meu cabelo que estava pesando na minha cabeça, mal sabia eu que era chifre. Agora tudo o que me restava era raiva e dor, não sabia o que seria da minha vida daqui para frente. Estava sonhando alto, encantada achando que a minha vida seria mais fá
Grávida de um mafioso Capítulo 121
- Luigi? Pensei que a Holga tivesse tirado o lixo de casa - digo descendo as escadas e olhando para a cenoura de feira - pelo visto, me enganei. - Carolina, eu... - meu italiano gato abre a boca para dizer mais mentiras porém não deixo. Estou farta de mentiras. - Se não for para me dar uma explicação do porquê você trouxe a sua amante até aqui, não abra nem a boca - me aproximo e paro na frente dos dois sem-vergonha - até que vocês combinam, fazem um casal bonitinho - debocho. - Carolina, isso tudo é um grande mal entendido, eu não fui e não sou amante do Luigi - ela começa dizendo e tenho vontade de voar em cima dessa cenoura de feira. - Não estou pedindo explicações á você, não me interessa nem um pouco saber sobre sua relação com Luigi - me viro para o mesmo e continuo - a pessoa que me devia explicações era outra, mas pelo que eu tenho visto até agora, a pessoa nunca foi sincera comigo. - Carolina, eu tentei falar com você para explicar as coisa mas você não quis me ouvir, sai
Grávida de um mafioso Capítulo 122
- Bom dia! - digo para Matteo que me olhava desconfiado por me ver de pé tão cedo.- Tudo bem com você? - ele me averigua de cima para baixo, notando que eu não estava vestindo o meu pijama habitual e sim minhas roupas normais.Ou melhor, as roupas que ainda cabiam em mim.Passei um bom tempo tentando encontrar alguma roupa que coubesse no meu corpo, eu deveria ter seguido o conselho da Mari e ter comprado roupas de grávidas naquele tempo. Mas não adiantava chorar pelo leite derramado, ou pelas roupas de grávidas não compradas.- Tudo ótimo, hoje combinei de sair com a Giulia - fazia muito tempo em que a gente saiu juntas para passear e falar sobre besteiras.No tempo em que me enclausurei dentro do quarto, ela estava muito ocupada com um novo trabalho dela e só tinha tempo para as sessões de fotos da minha barriga.E digamos que naqueles dias eu não me sentia muito confortável com Luigi por perto e acabava nem conversando muito com a minha...acho que ex-cunhada agora.Naquele tempo a
Grávida de um mafioso Capítulo 123
- Você parece estar ótima! - Giulia diz antes de tomar um gole do seu cappuccino cremoso.Ela tinha acabado de tomar um expresso antes de sair da casa de Luigi e quando entramos nesse bar a primeira coisa que ela pediu foi um cappuccino acompanhado por dois brioches.E depois eu que sou a grávida gulosa...Depois de um tempo você se acostuma com o "ritual" dos italianos, eles são praticamente obcecados por cafés e cigarros. Tive uma ideia de usar uma camisa escrita "não fume perto de mim, morra sozinho" porém o loiro do banheiro me disse que seria ofensivo demais para uma grávida usar uma camisa dessas.O fato é que eu estava animada com a minha gravidez. Bom, acho que estou por causa do que o doutor disse na minha última consulta. Ele me garantiu que a partir da décima sexta semana o bebê pode mexer a qualquer momento. Estou ansiosa e curiosa para saber como é sentir um ser humaninho mexendo dentro de mim. Porém eu já estava com dezessete semanas de gravidez e nada do bebê mexer, is
Grávida de um mafioso Capítulo 124
- Eu vou muito bem, obrigada, já seu irmão...- estava acabado, sua cara de cansado deixava explícito que não dormira á dias. Deve ser remorso...bem feito! - Ele estava bastante cansado e principalmente preocupado com você - Giulia diz e sorrio debochando.- Duvi-d-o dó, a tal preocupação se chama remorso por ter me traído, mas agora é tarde, não adianta ele ficar se lamentando pelos erros do passado - digo ao roubar um pedaço do seu brioche.- Mas eu pensei que as coisas estavam melhores entre vocês, você até deu bom dia pra ele - Guilia não reclama porém me lança um olhar de quem não gostou do meu gesto.- Só foi por educação, eu ainda não o perdoei por ter colocado uma galhada na minha cabeça. Mas não tem problema, um chifre sempre nos torna mais fortes - tomo mais um gole do meu chá.- Quem te disse isso? - minha ex-cunhada me pergunta segurando o riso.- Ninguém, eu vi num documentário sobre viados e animais de chifres - estava deprimida demais para me afundar ainda mais assisti
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Capítulo 247
Foi fácil impestar a casa da nonna com baratas para Giulia mudar o local do brunch e era mais fácil subornar empregados com valores exorbitantes, afinal de contas eu não teria com que gastar o resto da pequena fortuna que minha irmã e eu reunimos.Perdemos não somente a família como a fortuna que nossos pais deixaram. Não culpo nossos tios por não saberem administrar tão bem os negócios e com a quantidade de inimigos que nossa família tinha, seria impossível mesmo se tentássemos. Foi difícil para eles, repentinamente cuidar de duas crianças e negócios mafiosos dos quais nem sabiam a existência. Perdemos muito naquela época, entretanto tínhamos uma a outra e eu tinha Luigi.Engraçado pensar em tudo do passado como "nosso", como se Raquel estivesse ainda viva. Minha irmãzinha, minha única família legítima tinha morrido e eu não pude fazer nada. Estava desconfiada desde quando ela tinha me mandado mensagem alertando sobre Luigi estar saindo com uma mulher chamada Carolina. Mesmo que eu n
Capítulo 246
- Sério que você usa Cinquenta Tons como um tipo de devocional do sexo? - brinco com o loiro que estendia a mão para me ajudar a levantar do banco. Ainda me sentia fraca pelas risadas e meu estômago suplicava para parar.- Até tu Brutus? - ele recolhe a mão e a estende novamente - sorte sua que sou cavalheiro, senão a deixaria largada aí - duvido muito que ele teria a coragem de fazer isso, Matteo não aparentava ser desse tipo e acho que ele gostava de manter a fama de insensível inabalável.Quase volto a sorrir quando penso nele implorando para me comer, não tinha nada de insensível e muito menos inabalável naquela noite.- Ainda bem que tenho meu bom cavaleiro para me ajudar - seguro sua mão e vamos de mãos dadas para o jardim principal, onde aconteceria o brunch.E era um senhor jardim, não precisava de muita decoração pois, pasmem, existiam muitas ginkgos bilobas. Mais conhecidas como nogueiras-do-japão, espalhadas no imenso jardim com folhas amarelas, quando o vento batia voavam
Capítulo 245
- Vamos Luigi - digo enlaçando meu braço no dele, levando meu italiano gato para longe de qualquer discussão que poderia acontecer naquele meio. Os gêmeos eram meus preciosos tesouros, bastava ficar alguns segundos olhando aquelas fofuras que toda raiva se dissiparia. Tenho total certeza que eles farão um ótimo trabalho, decretando a paz entre os avós paternos.- Você fica tão sexy quando é mandona - ele elogia e não consigo não ficar convencida disso. Lanço meu melhor olhar sedutor, mordendo levemente o lábio para atrair seu olhos.- Só não vale reclamar quando eu te arrancar do brunch e te arrastar para o... - ele me interrompe com um pigarreio, penso que seja pelos convidados terem chegado mas não era por esse motivo. Até porque os convidados eram os familiares de Luigi.- O engraçado é que se eu dizer isso, sou chamado de pervertido e ninfomaníaco, mas a senhorita pode dizer qualquer imoralidade, não é?- Exatamente, posso tudo e você nada - brinco, sorrindo e quando ele sorri exi
Capítulo 244
Não tenho um motivo plausível para ficar obcecada nessa história de ter um fantasma ou alguém vestindo branco e passeando pelo castelo, visto que Luigi não tinha encontrado nenhum registro que não seja os nossos ontem á noite. Apesar de nenhuma evidência concreta, a minha intuição de repórter enxerida me alerta para não descartar uma possível manipulação de evidências. Qualquer funcionário poderia muito bem mexer nas câmeras e apagar as últimas filmagens, mas o meu questionamento gira em torno de: quem seria a pessoa por trás? - O que está te incomodando? - tento não parecer surpresa, mas acho que minha expressão me entrega, porque Cassandra solta uma risada. E pelo que presumo ser a primeira vez que a vejo usando um vestido rodado, normalmente seu guarda-roupa se divide em terninhos chiques, conjuntos caros e tubinhos famosos pela sexta do massacre. Chamávamos assim após uma sexta-feira em que aconteceu uma demissão em massa, lembro-me como se fosse hoje, Cassandra passeando pelos c
Capítulo 243
- Eu juro! - bato meu pé no chão como um tique nervoso e devoro mais uma unha, o que deixa meu italiano preocupado. Ele estica o braço e relutante seguro sua mão, deixando que me leve para seu colo. Afasto um pensamento impuro quando sento-me na sua coxa torneada e acumulo minha mente novamente com teorias.Resultou que passei o dia com os gêmeos e cuidando de Luigi, desisti imediatamente do tuor com Mari quando encostei na testa do meu italiano gato e percebi que ardia em febre. E mesmo contrariado, chamou um médico para me tranquilizar e comprovar que se tratava de uma simples exaustão. Tenho uma parcela de culpa no seu diagnóstico, talvez a brincadeira com a camisa da união tenha lhe causado desgaste e somando a péssima viagem que tivemos com o loiro do banheiro me provocando, piorou seu estado. Admito que se tivesse fechado minha boca, não teria entrado numa discussão de horas com Matteo. Acabei vencendo-o pelo cansaço, é aquela coisa: entre a paz e a razão, talvez sua paz esteja
Capítulo 242
A surpresa que Luigi tinha prometido a Carolina, na realidade era um convite para um brunch na casa da Nonna. Organizado pela sua irmã, Giulia. Tinha me perguntado mentalmente como conseguira conciliar o trabalho e a organização do brunch tendo um bebê em casa. Mas Luigi logo me tirou a dúvida quando comentou sobre a babá que a irmã contratou. Não sei o porquê presumir que ela fosse ciumenta, acho que Luigi deixa essa impressão sobre todos os Benacci.Pondo meu pé direito para fora do jatinho, agradeço primeiramente aos meus fones de ouvido que me proporcionaram uma viagem tranquila, as ombreiras por me darem o conforto necessário para aguentar a viagem longa e principalmente as pílulas milagrosas que me apagaram por tempo suficiente para não vivenciar o puro caos que foi dentro do jatinho.- Como foi a viagem? - pergunto enquanto seguro a pequenina adormecida nos braços, Luigi me lança um olhar cansado, balançava o pequenino nos braços para fazê-lo adormecer também.- Eles estavam nu
Capítulo 241
- Posso perguntar, aonde vocês se conheceram? - Tia Maria pergunta, fazendo que vários olhares se aculmulassem divididos entre Matteo e eu. A história continha dois lados, o que a fazia um pouco longa. Ganhando uma autorização para ser o primeiro, inicio contando de relance sobre a minha vida noturna agitada. Oculto partes que envolvem a minha amizade e o início do meu relacionamento com Bárbara, não seria relevante.- Na noite em que conheci Matteo, estava numa boate em Tokyo para me divertir. Eu tinha costume de ignorar as regras feitas pelo meu pai sobre festas e minha segurança. Em minha mentalidade juvenil, ser uma figura pública auxiliaria minha segurança. Quanto mais famoso menos chances de sofrer algum atentado, simplesmente não era um pensamento coerente - não entro em muitos detalhes para não assustar minha sogra e nem menciono que encontrei Matteo após ficar com Bárbara - então, chegado o ponto alto da festa, me afastei para o terraço do prédio em busca de solitude. Não ti
Capítulo 240
Retiro o que disse sobre esse almoço ser longo e divertido. Agora tinha virado letárgico e torturante. Me sinto como um dos convidados do filme "O menu", onde a tia Maria era o chef maluco que torturava os convidados, no caso Luigi e eu. O almoço estava as mil maravilhas, Luigi agarrado à Carolina como adolescentes apaixonados e eu com minha mão se deliciando da pele macia e arrepiada da minha... ainda não tinha dado um rótulo para Mariana. Tenho que resolver isso o quanto antes.Mas o quero dizer é que eu estava feliz no meu lugar, estava satisfeito onde minha mão pousava e agora não estava mais nada disso. De um momento para outro minha calmaria tinha sido escanteada e morta pela cruel tia Maria. Conseguia até imaginá-la apontando o revólver para o meu conforto e atirando sem pestanejar, dizendo: não sou sua tia.E não estou exagerando, porque sinto o quão tenso e desconfortável está o italiano ao meu lado, ou pior dizendo, dentro da mesma camisa que eu. Sim. Uma maldita camisa imen
Capítulo 239
- O mesmo que você, pelo visto - respondo para Luigi, que mantinha a cara amarrada.Me atento às pistas praticamente esfregadas em minha cara. Deveria ter suspeitado desde o início do convite da mãe da Carolina. Tia Maria nunca tinha posto confiança em mim e no meu plano, sempre mantivera uma opinião escancarada e um pé atrás. Aceitou a contragosto quando eu a chamava de tia Maria. A senhora não tinha mesmo ido com a minha cara.- Que maravilha, finalmente chegaram! - tia Maria adentra a sala com um avental pendurado no ombro e um sorriso largo de recepção. Desde que chegamos, fomos avisados que a cozinha estava restrita por tempo indeterminado. Roberto havia dito algo sobre sua companheira ser possessiva com sua cozinha em dias especiais. Ela era a chefe da noite e pelo aroma delicioso que invadia a sala de visitas, não quero correr o risco de ser expulso do almoço sem antes provar uma colherada do que estava assando no forno.- Demoramos um pouco porque alguém... - o tom de Luigi to