Capítulo 30
Author: Sofia Fernandes
last update Last Updated: 2024-10-29 19:42:56
Miguel permaneceu atônito por um momento antes de dizer:

- Foi você quem me pediu.

- Eu que te pedi? - Luiza, com a cabeça baixa, replicou. - Me sinto tão só. Desde que meu pai foi preso, anseio por alguém que me ame...

Miguel, olhando ela mais profundamente, respondeu:

- Eu não vou te amar.

- Pois é, você não vai me amar. Escolhi a pessoa errada. - A voz dela era suave como algodão, e ela se levantou lentamente, pronta para descer as escadas.

Miguel segurou sua mão:

- Para onde você vai?

- Ver meu pai.

- Ele está preso agora, melhor voltar. - Miguel apertou a mão dela, impedindo ela de ir.

Luiza falou:

- Ele pode estar preso, mas com certeza sente a minha falta. No mundo inteiro, só ele deve sentir minha falta.

Miguel estremeceu e, com um pouco mais de força, a puxou para seus braços.

Luiza caiu em seus braços, e ele disse:

- Seu pai está na prisão, não é possível visitá-lo à noite. Vá amanhã.

- Então eu também não deveria estar aqui. Este lugar não é minha casa.

- Você não tem para o
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    Capítulo 1236

    Luiza se esquivou. Theo apertou os dedos levemente rígidos e semicerrou os olhos. — Eu aconselho você a aceitar logo. Caso contrário, se eu perder a paciência, talvez tenha que usar a força com você. — Sem-vergonha! — Luiza o encarou, furiosa. Theo esboçou um leve sorriso. — Sem-vergonha por quê? Nós já fizemos nossos votos no casamento, não foi? Você disse "sim" diante do padre. — Pela lei, eu ainda sou esposa do Miguel. — Isso não significa nada. — Seus olhos ficaram mais frios. — No País Y, as leis do seu país não têm validade. Aqui, você é minha esposa e não vai escapar. Luiza apertou os lábios e preferiu não responder, temendo que suas palavras inflamassem ainda mais a conversa. — Eu queria bater um papo com você, mas hoje não tenho tempo. Preciso sair. Fique aqui quietinha, alguém trará suas refeições. — Depois de dizer isso, ele saiu. Talvez fosse encontrar o general da Brigada do Norte. Luiza permaneceu no quarto, olhando pela janela para o lado de fora. D

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    Capítulo 1233

    Luiza olhou para ele, sem dizer uma palavra. — Você acha que, deixando de comer, vai me fazer sentir pena de você? — Theo perguntou com o rosto frio. Luiza sorriu com indiferença. — Não. Eu não me rebaixo a esse tipo de artimanha, porque simplesmente não me dou ao trabalho de agradar você. Theo encarou aquele rosto frio e sorriu levemente. — Ótimo. Você não quer me agradar? Então fique aqui e morra de fome, por mim tanto faz. Luiza deu um sorriso desolado e se deitou novamente na cama. Ela já havia decidido: se algo acontecesse com sua família, ela não teria mais vontade de viver. Theo podia mantê-la presa, mas, se ela desistisse da própria vida, não haveria nada que ele pudesse fazer. Com o rosto carregado, Theo saiu do quarto. Na manhã seguinte, por volta das nove, Luiza ainda se recusava a comer. Theo estava ouvindo Giovana falar sobre os assuntos no País R quando Laís veio reportar: — Sr. Theo, a Srta. Luiza ainda não quis tomar o café da manhã. Ela trouxe