Miguel olhou naquela direção. Luiza estava usando um traje de esqui rosa-claro, com óculos de neve coloridos, praticando esqui sob a orientação de Theo. Sua expressão não era visível, mas os cantos de seus lábios se curvavam levemente para cima, claramente se divertindo. Miguel desviou o olhar, com uma expressão fria e sombria pairando sobre ele.Luiza estava deliberadamente evitando olhar para Miguel. Ela sabia que ele estava lá e estava atraindo a atenção de todas as garotas no local. No entanto, ela não queria ser controlada por suas emoções. Ela não olhou para ele nem por um instante, se concentrando seriamente em aprender a esquiar com Theo.Ela estava praticando snowboard, parecido com skate, prendendo as fixações e Theo a ajudou a se levantar. No entanto, assim que ela ficou de pé, perdeu o equilíbrio e quase caiu.- Cuidado!Theo segurou a mão dela, a mantendo firme.Os olhos distantes de Miguel claramente se tornaram mais frios. Luiza podia sentir isso, mas se esforçou p
Na pista de esqui.Theo falou gentilmente: - Luiza, ao esquiar, não olhe para baixo, olhe para frente.- Sim!Luiza concordou, virando o olhar para frente, e de repente, seus olhos se encontraram com os de Miguel.Ele estava sentado lá, com um membro da equipe ajoelhado, ajustando seus esquis. Seu rosto estava sombrio, sem expressão. Os olhares deles colidiram. Ele a encarava. Luiza deu um salto, seu coração acelerou, e a velocidade também se descontrolou. Sentiu que estava prestes a cair, assustada a ponto de seus olhos se arregalarem.- Me salve!Ela não pôde deixar de gritar.Theo ao seu lado sorriu levemente, estendendo os braços para a frente, e a envolveu inteiramente em um abraço.Ela quase se jogou sobre ele, se colando completamente a Theo. Ambos recuaram um passo na neve, mas Theo a segurou. Os dois se olharam na neve, formando uma cena tão bonita quanto um drama romântico.- Meu Deus! Isso parece uma cena de um drama romântico.Yago, se sentava ao lado de Miguel, batendo
- Por que você não aconselhava o Miguel com essas palavras antes? Luiza riu, olhando para ele. - Agora, ele já tem um bebê dele lá fora, de que adiante eu contar essas coisas?- Talvez a criança não seja do Miguel? - Yago sugeriu. Embora ele pensasse que a criança não era de Miguel, ele não podia revelar mais sem a explicação de Miguel.Luiza ficou surpresa por um momento, achando isso impossível.- Não é possível. Se a criança realmente não é dele, por que ele se importaria tanto?Era verdade. Isso também intrigava Yago. Miguel valorizava muito a criança no ventre da Clara, mas ele não explicava nada, e ninguém conseguia entender o que ele estava pensando.- Ainda acho que você deveria considerar com mais cuidado. Se você realmente ficar com o Theo, então não haverá retorno para você e o Miguel. - Yago disse.Luiza já não se importava mais, olhando para a prancha de neve aos seus pés, e disse: - Só espero que possamos nos divorciar logo.- Vocês já chegaram ao ponto de se divorcia
- Miguel?Luiza, estava preocupada com ele, rastejou até sua posição e retirou seus óculos de neve. O seu rosto sob os óculos estava tenso, ele lançou um olhar para Luiza. - Minha perna pode estar quebrada.Quando ele caiu no buraco de neve, ouviu um som de "crack". As chances de ser uma fratura eram altas.- Sério?Luiza ficou chocada, rapidamente desceu de cima dele e começou a examinar a perna. - Qual perna?- A esquerda. - Miguel respondeu. Luiza tocou a perna. - É aqui?- Sim.Parecia que ele estava com dor, Miguel franziu a testa e ordenou: - Chame uma ambulância.- Certo.Luiza não ousou perder tempo e olhou para fora do buraco. Theo e os outros já estavam lá, todos olhando para eles com expressões preocupadas.- Vocês estão bem? - Theo perguntou a eles. O buraco de neve tinha um pouco mais de um metro de profundidade, se não houvesse ferimentos graves, não deveria ser tão ruim.Luiza se levantou do corpo de Miguel, olhando para cima ela respondeu: - Estou bem, mas a pe
- Miguel está usando uma cinta de fixação. Ele não precisa ficar no hospital. Se tudo correr bem, após observação por meia hora, ele pode ir para casa. - Disse Yago, olhando pelo corredor até encontrar Luiza e acenando para ela. Luiza apontou para si mesma, perguntando: - Está me chamando?- Sim.Luiza se aproximou, e Clara lançou um olhar a ele. - Depois de voltar para casa, Miguel precisa descansar deitado, aproximadamente de 2 a 3 semanas. Eu irei visitar ele regularmente para revisões e trocas de curativos. Cuide bem dele quando voltar. - Yago explicou.- Entendido. - Respondeu Luiza. Ela sentia a responsabilidade pelo que aconteceu com a perna de Miguel, agora era sua obrigação cuidar dele.Porém, Clara ao lado não ficou tão feliz. Agora, ela era a mulher de Miguel. Por que Yago estava passando essa responsabilidade para Luiza? Clara levou Fabiano para o quarto de hospital para encontrar Miguel. Ele estava encostado na cama, sua perna esquerda longa estava com uma tala, com
Luiza concordou com isso. Foi ela quem causou a fratura do Miguel, e ele certamente consideraria todas as contas, sem dúvida, não a deixaria facilmente. Portanto, ela ficou parada, silenciosa, na lateral, sem dizer uma palavra. Os outros dois notaram sua entrada. - Luiza, depois de voltar, você vai cuidar de Miguel. Ah, me adicione como amiga, por favor. Podemos nos comunicar pelo WhatsApp se houver alguma coisa com Miguel. - Clara disse.Luiza teve que adicionar o WhatsApp da Clara. Agora, ela era uma culpada e não podia se esquivar da responsabilidade.Pouco depois, Yago trouxe a pomada. Finalmente, eles podiam voltar para casa. Ao subir no carro do Miguel, Luiza deu um suspiro de alívio. Ela realmente não gostava de lidar com a Clara, cada palavra dela parecia calculada, era muito opressiva.Ao chegar em casa, Miguel foi ajudado até o quarto principal no segundo andar. Luiza pegou um travesseiro e o colocou debaixo da perna machucada dele, se virou e perguntou: - Há mais alg
Antes, ela tinha visto esse tipo de cena em vídeos curtos e ria muito, achando muito engraçado. No entanto, ela nunca imaginou que um dia seria a protagonista dessa situação. Como a pessoa envolvida, ela não achava nada engraçado, para a vítima, a situação era ainda pior.- Você não disse que está se sentindo culpada? - Miguel disse com uma expressão fria. - Se está se sentindo culpada, então faça algo concreto em vez de apenas falar.Luiza, sendo observada por ele, se sentiu um pouco envergonhada. - Eu realmente queria pedir desculpas.- Então me ajude a aplicar a pomada.Luiza ficou atônita. Depois de um momento, ela pareceu decidir algo e perguntou cuidadosamente: - Você realmente quer que eu aplique a pomada em você?Miguel resmungou e virou a cabeça.- Está bem, então.Luiza tomou coragem e estendeu a mão para a colocar na cintura dele. Ele ainda estava usando as calças sociais de hoje, embora uma perna delas tenha sido cortada devido à tala.- O que você está fazendo? - Migue
Luiza abriu o tubo de pomada, observou a ferida e hesitou novamente.A ferida se localizava em uma área delicada; para aplicar a pomada, precisaria afastar um pouco a pele ao redor.Com uma expressão de preocupação, ela ponderou se deveria prosseguir.Embora já tivesse visto a ferida várias vezes, a dinâmica entre eles estava agora tensa, o que tornava a situação embaraçosa.- Ainda não melhorou? - Perguntou Miguel, abrindo os olhos.Luiza se manteve em silêncio, sua expressão denotava incerteza.Miguel olhou para si mesmo, compreendeu a hesitação dela e sorriu levemente.Percebendo o sorriso dele, Luiza presumiu que ele não se importava, então, com coragem, pegou uma quantidade de pomada com o dedo e avançou a mão.Ao contato da pomada, Miguel respirou profundamente e disse, com voz rouca:- Seja cuidadosa.- Cuidadosa com o quê? - Luiza ergueu a cabeça para olhá-lo.Miguel a encarou intensamente e disse:- Cuidado para não tocar onde não deve.Luiza ficou sem palavras, envergonhada.